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Médicos cubanos podem ajudar no combate ao coronavírus na Bahia

Alternativa de contratação foi levada pela CUT Bahia e pode servir para todo o Nordeste

Publicado: 08 Maio, 2020 - 08h16 | Última modificação: 08 Maio, 2020 - 09h01

Escrito por: CUT BAHIA

Divulgação
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A proposta de atuação foi apresentada pela CUT - BA ao governador da Bahia, Rui Costa
Depois de uma bem sucedida participação no extinto Programa Mais Médicos, quando atuaram desde as grandes cidades até nos lugares mais remotos do país, com grande aceitação das comunidades, profissionais de saúde cubanos podem voltar a ser uma alternativa para ajudar no combate ao coronavírus no Nordeste e na Bahia, em particular. Muitos deles estabeleceram laços no Brasil e não quiseram retornar ao seu país, e estão dispostos a ingressar nas fileiras da luta contra essa pandemia.
 
A proposta de atuação no combate ao coronavírus está sendo feita pela Organização dos Médicos Cubanos no Brasil e foi apresentada ao governador da Bahia, Rui Costa, pela presidente da CUT Bahia, Maria Madalena Firmo, a Leninha, para ser discutida no âmbito do Consórcio do Nordeste, do qual ele é o coordenador. O governador baiano ficou de discutir essa alternativa com os seus colegas dos outros estados nordestinos e adiantou que fará uma consultar ao Supremo Tribunal Federal sobre a contratação desses profissionais e também de médicos brasileiros formados no exterior. É que, mesmo sendo em caráter temporário, enquanto durar a pandemia, existe resistência das entidades médicas brasileiras a essa contratação.
 
A Organização dos Médicos Cubanos no Brasil possui um cadastro de todos os que permaneceram aqui ao final do Programa Mais Médicos, extinto no início de 2019. Na Bahia, são 153 médicos distribuídos em mais de 100 municípios, vários deles desempenhando atividades bem diferentes da medicina como forma de sobreviver. Leninha cita que o governo federal extinguiu o programa que trouxe esses profissionais ao Brasil e deixou uma enorme lacuna no atendimento à saúde básica e da população mais pobre. Ela lembrou que na Bahia existem mais de 40 médicos cubanos fazendo diferentes serviços, quando poderiam estar atuando na medicina e ajudando no socorro às vítimas da pandemia do coronavírus.