Manifestação pelo Fora Bolsonaro levou mais de 12 mil pessoas às ruas de Salvador
A quarta onda de manifestações pelo ‘Fora, Bolsonaro’, vem conquistando os baianos da capital ao interior do estado.
Publicado: 24 Julho, 2021 - 22h53 | Última modificação: 27 Julho, 2021 - 23h30
Escrito por: SECOM BAHIA

A chuva não espantou a vontade dos baianos de sair às nas ruas para lutar contra o governo Bolsonaro. O quarto ato de uma série que começou em 29 de maio, reuniu um público maior que os últimos eventos no centro da capital baiana.
Durante todo o dia foram realizadas manifestação na capital e interior do Estado, com o aumento do número de atos, comparada as manifestações anteriores.
A população saiu às ruas para protestar contra as últimas notícias de denúncia de corrupção envolvendo o governo federal na compra de vacinas contra a COVID-19, mas também pela indignação em relação ao aumento dos preços e da falta de auxilio emergencial descente, das políticas públicas de destruição da Amazônia, entre outros.
Com isso, a rua tem servido de palco para mobilizações de luta e resistência pela vida, pão, vacina, educação e pelo fim imediato do governo de Jair Bolsonaro e os militares instalados no planalto.
Movimentos sociais e populares, do campo e da cidade, partidos políticos, sindicatos de diversas categorias, se concentraram às 10h, no Campo Grande, e seguindo pelas ruas do centro com destino à Praça Municipal, onde fica o prédio da prefeitura da capital baiana.
Ao longo do trajeto, lideranças dos movimentos proferiram palavras de ordem em defesa da democracia, emprego, renda, vacina e cada qual com suas bandeiras de luta contra privatização das empresas públicas e contra as reformas em curso, com destaque para a PEC 32/2020 que atinge diretamente os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público nas esferas municipal, estadual e federal.
"A manifestação do dia de hoje representa a indignação da população contra o genocídio que está instalado no país a partir do desgoverno do presidente Bolsonaro. O povo não aguenta mais tanto sofrimento. É por isso que estamos na rua. A tendência é aumentar o número de pessoas nos próximos atos. Basta de governo marcado pela morte, já são quase 550 mil vidas vítimas da COVID-19", concluiu Leninha, presidente da CUT-BA.
Ana Góes, vice-presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia, APUB, destaca a importância da participação popular em defesa dos serviços públicos: "É nítida a diferença da gestão do atual governo federal em relação a governos anteriores. A universidade pública é um direito constitucional que está sendo retirado do povo, com cortes no orçamento dessas instituições. As pesquisas ficaram sem investimento com os recortes recentes, comprometendo o próprio combate à COVID e o desenvolvimento econômico. Com isso, perde o povo brasileiro o direito de acesso ao ensino superior com qualidade. É fundamental garantir o serviço público, seja na educação, saúde, emprego, pesquisa, tudo isso no sentido de garantir a soberania do país", conclui.
A classe trabalhadora que acompanhava o evento a partir dos estabelecimentos existentes ao longo do trajeto reagiu positivamente em apoio à passeata. "A classe trabalhadora está sofrendo e sendo prejudicada com inúmeras reformas, não podemos deixar de falar da Reforma Trabalhista que mudou toda a forma de relação contratual do empregado com o empregador. Direitos foram retirados e hoje a fragilidade para se aposentar é mais uma preocupação da sociedade, diante das propostas que o Paulo Guedes, Ministro da Economia, vem pautando. Temos quase 15 milhões de desempregados, 6 mihões de desalentados e 38 de trabalhadores precarizados representando metade da população economicamente ativa fora do sistema de direitos trabalhistas. Estaremos em luta constante e não vamos sair das ruas enquanto durar esses ataques à população", afirmou Ademário Costa, presidente do PT-SSA/BA.
INTERIOR DO ESTADO AUMENTA MOBILIZAÇÃO
Já em cidades no interior do estado, a mobilização também ocorreu de forma participativa. Em Itamaraju, Porto Seguro, Eunápolis e Teixeira de Freitas, locais onde milhares de pessoas participaram com faixas, carro de som e cartazes.
Em Ribeira do Pombal o local escolhido foi a Praça da Juventude que teve carreata e "motocada".
Uma carreata foi organizada em Santo Antônio de Jesus a partir das 14h, saindo do Estádio S.A. de Jesus.
Na cidade de Paulo Afonso, onde fica localizada a usina hidrelétrica da Chesf, o ato ocorreu nas proximidades da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro às 9h.
E dessa forma ocorreu também em outras localidades o movimento para por fim ao governo Bolsonaro.