Juventude em foco foi tema de debate nesta quinta (13)

O dia nacional da juventude foi ontem (12) e para marcar a passagem da data, a Secretaria de Juventude da CUT Bahia, promoveu um debate com a Ana Georgina Dias, Economista e Supervisora Técnica do DIEESE-BA, que dialogou sobre os eixos temáticos sobre empregabilidade, segurança, economia, desafios, dentre outros assunto de interesse da classe trabalhadora e aqueles que estão em busca de uma primeira oportunidade de trabalho.

Para Ana Georgina, o movimento sindical tem como um dos seus desafios, disputar a narrativa com esse público jovem e que dispõe de um cenário ainda muito mais difícil de anos anteriores. A luta sindical, não dá pra ser feita com as mesmas pessoas. É preciso existir herdeiros de todas essas conquistas históricas da classe trabalhadora.

Em que pese a lógica de que o empreendedorismo é uma solução para o processo de retomada da empregabilidade no país, há equívoco nessa afirmação, pois, esse modelo de “trabalho” não remete a nenhuma segurança para o trabalhador, como exemplo, podemos citar os trabalhadores e as trabalhadoras que atuam na relação com plataformas digitais e não possuem nenhum direito trabalhista garantido pelas empresas e pelo poder público.

Ao longo do debate, Iana Aguiar, Secretaria de Juventude da CUT Bahia, argumentou que a juventude enfrenta uma barreira para ingressar no mundo do trabalho, já que para ter a primeira oportunidade, as empresas buscam pessoas que tenham experiência. E como ter experiência sem que a pessoa tenha a primeira oportunidade?

Há poucos anos, nos governos PTistas,  o cenáriose aproximava ao pleno emprego no país e hoje a realidade para que a juventude tenha a carteira de trabalho assinada, são remotas. Escassez de concurso público, prioridade para contratos na modalidade de Microempreendedor Individual (MEI), baixa oferta de vagas no mercado de trabalho formal, etc.

A direção da CUT Bahia tem o compromisso em resgatar a construção da agenda da juventude nos eixos de debate pela manutenção dos direitos trabalhistas, democracia, soberania do país, e na luta do movimento sindical como um todo. É importante lembrar que dos mais de 200 milhões de brasileiros, 40% são jovens.