GRITO DA ÁGUA 2019

O XIX Grito da Água mais uma vez cumpriu com seu papel social. Defender a água é defender a vida. A participação dos movimentos sociais e populares deu o brilho de mais um grande evento de rua contra a privatização da água. Até 2020!

Seja para celebrar o bem mais essencial à vida, a água, seja para protestar contra sua privatização e o uso visando obtenção de lucro em detrimento da vida, a categoria de água, esgoto e meio ambiente da Bahia, a população atendeu convocação e participaram  do XIX Grito da Água que aconteceu sexta-feira, 22,  com caminhada do Campo Grande até a Praça Castro Alves.

Com nossas bandeiras e convocando a sociedade a participar das nossas lutas. Afinal, o destino a ser dado para a água doce vai ser crucial para atuais e futuras gerações.

Vivendo uma das mais longas secas, consequência da ação humana sobre o planeta, desertificando enormes áreas com a derrubada de matas, além de estarmos assistindo o assoreamento de rios e mananciais, falta de fiscalização das barragens, uso indiscriminado e abusivo da irrigação inadequada, despejo de esgoto sem tratamento nos mananciais, uso intensivo de agrotóxicos e grande parcela da população sem o direito a água potável e rede de esgotamento sanitário. O estado como um todo não implanta políticas públicas nem exerce seu papel fiscalizador para proteger os recursos hídricos e o meio ambiente.

A sociedade tem muitos outros problemas a questionar e debater, como o tamponamento de rios em Salvador, a omissão dos municípios em relação aos planos de saneamento básico, a falta de políticas para resíduos sólidos, a falta de obras de revitalização de rios, sobretudo o São Francisco, a morte de vários rios baianos, a ação de prefeitos visando entregar os serviços de água e esgoto para a iniciativa privada, numa ação feita com empresas sem qualquer experiência com saneamento, deixando um enorme rastro de suspeita sobre negociatas... Enfim, tivemos muito o que cobrar.

O Grito deste ano contou com  o tema “Contra a lama da ganância, defender a água é nosso dever, é nosso direito. Não deixe privatizar”. Como se pode ver, os crimes ambientais ocorridos em Mariana e Brumadinho, ambos em Minas Gerais, bem como os projetos de privatização da água, foram as principais pautas da nossa manifestação. A marcha contou com a participação de estudantes e integrantes dos movimentos social e popular.