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Gestão Moretti exige trabalho presencial na pandemia e coloca chefes em saia justa

Preocupados com os desdobramentos da pandemia, causados pela Covid-19 em seus estados, diversos chefes têm solicitado à Gestão Moretti que o cumprimento da jornada em suas unidades seja feito remotamente.

Publicado: 20 Janeiro, 2022 - 18h01 | Última modificação: 20 Janeiro, 2022 - 19h42

Escrito por: SINPAF | Editado por: SECOM BAHIA

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Com o retorno às atividades presenciais e pressionada pelo aumento exponencial dos casos de Covid-19, a Gestão Moretti emitiu, no dia 11 de janeiro, uma deliberação indicando que os regimes de teletrabalho ou revezamento poderiam ser retomados na Embrapa por iniciativa dos chefes-gerais das Unidades.

Entretanto, parece que essa alegada autonomia não passa de jogo de cena. Ao eximir-se de tomar uma decisão, em uma resolução aparentemente democrática, a Gestão Moretti delegou aos chefes-gerais a definição sobre a continuidade ou não do trabalho presencial. Nos bastidores, porém, vem manobrando para forçar os gestores a manter as atividades presenciais, em um posicionamento de caráter claramente político e ideológico.

Preocupados com os desdobramentos da pandemia, causados pela Covid-19 em seus estados, diversos chefes têm solicitado à Gestão Moretti que o cumprimento da jornada em suas unidades seja feito remotamente ou em escala de revezamento. Tais pedidos estão sendo majoritariamente negados, por meio do Comitê de Monitoramento e Prevenção do Coronavírus da empresa, com respostas que deixam antever o tipo de "autonomia" que esses chefes possuem. Alguns, inclusive, chegam a divulgar decisões e depois voltam atrás.

Em algumas mensagens que o SINPAF teve acesso, o Comitê foi contrário à proposta dos chefes que se posicionaram pelo retorno ao teletrabalho/revezamento em suas Unidades, sob a alegação que os dados epidemiológicos locais não indicavam ser necessária a adoção de tal medida.

Se em vários locais os chefes-gerais estão sendo desautorizados a adotar o teletrabalho ou o revezamento sob o argumento da baixa contaminação, não existe explicação para a continuidade do trabalho presencial em vários locais onde a doença está se propagando rapidamente, caso, por exemplo, do Distrito Federal.

Dados divulgados pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) indicam aumento de 1.281% no número de casos da Covid-19 entre os dias três e dezoito de janeiro deste ano na localidade. Nesse contexto, não é de se estranhar que na sede da empresa, aí incluídas a Embrapa Café, a Agroenergia e as Secretarias, já tenham sido confirmados mais de 100 casos da doença em apenas duas semanas depois do retorno ao trabalho presencial.

O Sindicato questionou o Comitê acerca da situação na sede da Embrapa e não obteve resposta até a presente data. Na empresa como um todo é perceptível a ausência de um planejamento de risco, bem como a desuniformidade de procedimentos, o que faz aumentar a sensação de descaso, abandono e medo entre os trabalhadores e as trabalhadoras.

Diante do cenário de agravamento dessa pandemia, o que se espera de gestores responsáveis é a tomada de medidas drásticas no tempo devido, mas, até o momento nada está acontecendo. Essa falta de ação deixa no ar perguntas intrigantes para uma empresa de pesquisa: será que a Gestão Moretti foi tomada pela aposta na tal imunidade de rebanho? Quanto aos gestores da empresa, foram cooptados pela onda de negacionismo?

Em meio às tentativas de equacionar tais questões, a Diretoria Nacional do SINPAF informa que não recebeu retorno da Gestão Moretti quanto às notificações que emitiu para a empresa na última semana. Por isso está tomando as medidas jurídicas cabíveis para que os regimes de teletrabalho e revezamento sejam retomados.

O SINPAF não vai se render aos desmandos dessa Gestão e continuará buscando medidas que façam valer o direito à saúde de seus trabalhadores e trabalhadoras.

Em Defesa da Vida e da Saúde, o SINPAF exige o retorno do teletrabalho e do revezamento!