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EM DEFESA DE LULA, DEMOCRACIA OU BARBÁRIE

Publicado: 19 Fevereiro, 2025 - 17h57 | Última modificação: 20 Fevereiro, 2025 - 16h03

Escrito por: Gilberto Santana | Editado por: CUT Bahia

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A conjuntura política recomenda atenção total do campo progressista. Há um movimento ufanista das forças de extrema direita celebrando o momento de queda da popularidade do governo. A oposição fascista lança a campanha pelo impeachment de Lula. O imperialismo escala sua máquina de mentiras e, com o auxílio luxuoso de Elon Musk, a turma das portas dos quartéis ocupa as redes e convoca manifestações para o dia 16 de março. A polarização acirrada voltará a tomar conta das ruas e das redes. O momento é de risco para a democracia diante da ameaça golpista. É imprescindível que as forças humanistas entrem em campo na defesa do presidente Lula.

Os movimentos sociais devem pressionar o presidente para uma construção mais à esquerda em seu governo. Não há conciliação com setores golpistas e notadamente plutocratas. O Congresso virou um sindicato da burguesia entreguista, o capital disputa a pauta nacional, e as forças sociais devem intensificar seus esforços nas ruas e no campo institucional. Os fascistas querem retomar o comando do país. É preciso conter a ofensiva neofascista. A hora é de ocupar as ruas e reavaliar as estratégias de disputa política.

A extrema direita no Brasil se sente tutelada por Donald Trump, que age como maestro da extrema direita internacional. Ele é o grande agitador dos extremistas de direita no mundo inteiro. Os “patriotas” são estimulados pelo dono do “X”, que se comporta como dono do mundo. Encorajadas e respaldadas por Trump, as viúvas da ditadura planejam uma intensa guerra contra Lula e os petistas, almejando a vitória nas eleições de 2026. A cereja do bolo seria a anistia para os golpistas. É para isso que convocam as ruas: para construir a narrativa do impeachment.

Internamente, o governo experimenta a dor e a agonia dos erros cometidos. Os limites estratégicos de uma coalizão contribuem, de alguma maneira, para o enfraquecimento político. A popularidade foi impactada pela alta dos alimentos e combustíveis, que afeta diretamente as famílias. A crise imoral das fake news que a direita levantou sobre a suposta taxação do Pix amedrontou muitos pequenos empreendedores, receosos de uma tributação inexistente.

Os juros escorchantes — um dos mais altos do planeta — impõem uma camisa de força à economia. Apesar da elevação do PIB e de outros indicadores macroeconômicos, que não se traduzem no bem-estar coletivo, esses avanços não estão sendo percebidos na vida concreta do povo. Juros altos limitam severamente a capacidade de promover uma melhora substancial na qualidade de vida da classe trabalhadora.

Para além do PIB (Produto Interno Bruto), é preciso derrotar o sistema e fazer prevalecer a perspectiva revolucionária que construa o FIB (Felicidade Interna Bruta). No entanto, isso parece impossível com um Congresso sabotador, que contraria a vontade popular e renuncia à soberania nacional em nome dos grandes grupos econômicos. Lula está refém de um parlamento que professa os interesses da elite e sacrifica a pauta do povo. Não aceitam o pobre no orçamento, votaram contra a isenção de impostos da cesta básica e, com cinismo político, reclamam da alta dos alimentos. Programas sociais como o Pé-de-Meia são atacados e preteridos diante da ganância acumulativa da concentração de renda.

O movimento social precisa entrar em campo com toda a sua força. Defender o governo Lula é defender a democracia. Os trabalhadores devem protagonizar a luta de classes e ir às ruas para dar sustentação ao projeto democrático e popular. Democracia ou barbárie. O fascismo é uma ameaça real.

EM DEFESA DA DEMOCRACIA, EM DEFESA DE LULA.

 

 Gilberto Santana é Cientista Político e Educador Popular