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CUT pauta racismo ambiental, energia renovável e os impactos para os trabalhadores

Publicado: 06 Junho, 2025 - 16h44

Escrito por: Fernanda Matos | Editado por: CUT Bahia

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Nesta sexta-feira (6), a CUT Bahia realizou um importante seminário sobre Racismo Ambiental, com o objetivo de discutir as desigualdades sociais e os impactos ambientais que afetam diretamente a vida da classe trabalhadora, em especial da população negra e periférica.
Logo na abertura do evento, a secretária de Combate ao Racismo da CUT Bahia, Ana Carla Fagundes, destacou que “o racismo ambiental é uma expressão direta do racismo estrutural". São os trabalhadores negros, moradores das periferias e das zonas rurais, que vivem sem acesso à água potável, expostos à poluição e distantes dos direitos mais básicos. Precisamos dar visibilidade a essas injustiças para poder enfrentá-las.”
O seminário, realizado no auditório do Sindborracha, reuniu dirigentes sindicais, militantes dos movimentos sociais e especialistas para refletir sobre a ausência de políticas públicas que garantam acesso à água, saneamento, saúde, energia e moradia digna.
Outro ponto fundamental do debate foi a transição energética justa. A CUT Bahia defende que a mudança para fontes limpas de energia deve ser feita com inclusão social, geração de empregos dignos e respeito à classe trabalhadora. O processo não pode repetir padrões excludentes que penalizam quem já sofre com a precarização da vida e do trabalho.
A presidenta da CUT Bahia, Leninha Valente, reforçou que “estamos falando de direitos negados há séculos à população negra e trabalhadora. A luta contra o racismo ambiental precisa estar na centralidade da ação sindical, porque não existe justiça social sem justiça ambiental.”
Já o presidente do Sindborracha, Jusué Pereira, pontuou: “O movimento sindical não pode se afastar dessas pautas. A luta por direitos trabalhistas passa também pela defesa do território, do meio ambiente e da vida.”
O seminário reforçou que os impactos ambientais são também impactos de classe: são os trabalhadores e trabalhadoras que vivem nas áreas mais vulneráveis, sem saneamento, enfrentando enchentes, calor extremo, poluição e ausência de políticas públicas.
Estiveram presentes no evento a secretária de mulheres da CUT, Lucivaldina Brito, o secretário geral, Alfredo Santos, a secretária de relações do trabalho, Gilene Pinheiro, a diretora Margarida Luz e Maicon Borges.
A CUT Bahia segue mobilizada na construção de uma agenda que una as pautas ambientais, antirracistas e trabalhistas. O combate ao racismo ambiental e a defesa de uma transição energética com justiça social são compromissos inegociáveis da Central com o presente e o futuro da classe trabalhadora.