CUT marca presença na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres

Mais de 4 mil mulheres de todas as regiões do Brasil se reuniram, de 29 de setembro a 1 de outubro, em Brasília, para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. O encontro foi um marco democrático de diversidade e resistência, reunindo trabalhadoras urbanas e rurais, mulheres negras, indígenas, quilombolas, com deficiência, trans, travestis, jovens, 70+, pescadoras, mulheres de terreiro, albinas, mães solo e mães atípicas, representando a pluralidade do povo brasileiro na construção de políticas públicas.
A Conferência teve a abertura feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sancionou duas leis fundamentais para a vida das mulheres e das famílias brasileiras:
• PL 386/2023, que altera a CLT e prorroga a licença-maternidade e o salário-maternidade em até 120 dias em casos de internação hospitalar prolongada do recém-nascido ou da mãe.
• Lei 853/2019, que institui a Semana Nacional de Conscientização sobre os Cuidados com Gestantes e Mães.
No segundo dia, as participantes tomaram as ruas de Brasília na Caminhada da Democracia, reafirmando o compromisso de luta contra o machismo, o racismo e todas as formas de violência. Na ocasião, foi feito o chamamento para a Marcha das Mulheres Negras, que acontecerá no dia 25 de novembro.
CUT em defesa do trabalho e da autonomia das mulheres
As propostas aprovadas na Conferência foram organizadas em 15 eixos temáticos. No Tema 1 – Trabalho, Emprego e Autonomia Econômica das Mulheres, a CUT teve participação ativa na construção e aprovação de diretrizes que tratam da redução da jornada de trabalho, igualdade salarial, ampliação da licença-paternidade, políticas de cuidado, combate ao assédio e incentivo à economia solidária.
A secretária de Relações de Trabalho da CUT Nacional, Gilene Pinheiro, destacou a importância dessas conquistas. “Garantir que o trabalho das mulheres seja valorizado com igualdade salarial, redução da jornada e condições dignas é fundamental para avançarmos em justiça social. As propostas aprovadas no Tema 1 são fruto da mobilização das trabalhadoras e reafirmam o papel da CUT na luta por um país mais igualitário.”
Já a secretária de Mulheres da CUT Bahia, Lucivaldina Brito, reforçou o impacto desse processo coletivo para a vida das trabalhadoras baianas. “A Conferência mostrou a força da unidade e da diversidade das mulheres brasileiras. Foi emocionante ver tantas vozes construindo juntas um futuro livre de machismo, racismo e todas as formas de opressão. A CUT Bahia seguirá firme na luta para que essas propostas saiam do papel e se transformem em políticas públicas efetivas.”

Um futuro com igualdade e democracia

A 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres reafirmou que a luta das mulheres é também a luta por democracia e justiça social. As propostas aprovadas agora servirão como base para o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, instrumento essencial para orientar o Estado brasileiro na promoção de direitos e na redução das desigualdades.
Com a participação ativa e propositiva da CUT, ficou evidente que não há transformação social sem a voz e a força das mulheres trabalhadoras.