CUT Bahia promove ato em defesa da vida e pela democracia
Dirigentes da CUT Bahia, de vários sindicatos e lideranças da sociedade civil organizada participaram de um grande ato de protesto em Salvador, nesta quinta (25).
Publicado: 26 Junho, 2020 - 00h18 | Última modificação: 26 Junho, 2020 - 08h59
Escrito por: SECOM BAHIA
Dirigentes da CUT Bahia, de vários sindicatos e lideranças da sociedade civil organizada participaram de um grande ato de protesto em Salvador, nesta quinta (25), no Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e pela Democracia. Foi o chamado “Dia D” promovido pela CUT Nacional para denunciar a gravidade da crise no Brasil e exigir o “Fora Bolsonaro”, além de medidas urgentes para conter a fome e o desemprego que assolam no país.
As manifestações do “Dia D” foram realizadas em dois locais de grande circulação da capital baiana, a praça do Shopping da Bahia e o Largo dos Mares, e tiveram transmissão ao vivo na página da Central, no Facebook. Dezenas de pessoas puderam expressar seus protestos nessa grande “live”, indicando os problemas registrados em vários setores da atividade humana e apontando a necessidade de tomada de decisões urgentes para dar assistência à população.
Nas ruas os manifestantes exibiram faixas alertando para as mais de 50 mil mortes pelo coronavírus no Brasil, grande parte evitável caso o governo Bolsonaro tratasse a pandemia com responsabilidade, em vez de desdenhá-la, classificando-a de “gripezinha”. Também teve cobrança por auxílio financeiro à população, garantindo uma renda básica, além de medidas para fomentar o emprego e a saúde. Protestos que foram bastante amplificados pela transmissão na internet.
Dentre as lideranças presentes no ato em Salvador e através da “live” esteve o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Paulo Cayres, o “Paulão”. Segundo ele, é necessário agir pela retomada da economia e isso passa por um amplo debate com o empresariado, além de ações de reconversão industrial – com os processos produtivos voltados a produtos demandados numa determinada situação transitória. Também convocou o povo brasileiro para o ato mundial chamado “Stop Bolsonaro” no próximo domingo (28). Essa convocação foi reforçada por dois integrantes da CUT Nacional, João Batista Gomes, o Joãozinho, e a dirigente Marize Carvalho.
A presidente da CUT-BA, Leninha, disse que a manutenção da vida deve ser garantida de forma integrada a medidas que promovam dignidade, garantindo emprego e renda para a classe trabalhadora. Denunciou o genocídio que está sendo conduzido por um governo que sequer dispõe de um ministro da Saúde e que até agora não apresentou qualquer medida que leve à recuperação da economia, pelo contrário. Também criticou o governo estadual pela proposta de abrir o capital da Embasa, quinta maior empresa de saneamento do país, dizendo que é contrária à privatização a água porque entende que isso é prejudicial à população, especialmente a mais pobre.
Também na “live”, o ex-presidente da Embasa e atualmente no Conselho de Administração dessa empresa como representante dos trabalhadores, Abelardo de Oliveira Filho fez duras críticas à aprovação do Projeto de Lei 4162, pelo Senado, na última quarta-feira. A medida força a privatização das companhias estaduais de saneamento em benefício de grandes grupos empresariais e não irá resolver os problemas de carência do país nesse setor. Segundo ele, os empresários não aplicam seu próprio dinheiro, buscando recursos em bancos públicos e com taxas subsidiadas, e vão se concentrar apenas em áreas que garantam lucro. Onde hoje tem carência de serviços, a periferia, pequenas cidades e zona rural, os problemas vão continuar.
Os efeitos da crise sanitária e econômica em diferentes categorias de trabalhadores foram expostos pelas respectivas lideranças durante a transmissão. Elas retrataram o cenário de dificuldades enfrentado pelos petroleiros, rodoviários, engenheiros, professores, químicos, servidores do judiciário, rodoviários, Correios, eletricitários, alimentação e saneamento, dentre outros. Não faltaram alguns dos profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia, os médicos e enfermeiros.
A direção da CUT Bahia teve adesão expressiva na manifestação, com as presenças da presidente Leninha e do vice-presidente Leonardo Urpia, Secretária de Cultura, Márcia Novaes, Secretária de Mulheres, Lucivaldina Brito, Secretário de Relações do Trabalho, Josenilton Ferreira (Cebola), Secretário de Finança, Alfredo Jr., Secretária Geral, Cristina Brito, Secretário de Comunicação, Edmilson Barbosa e as diretoras Christiane Barros e Luciene Fernandes.
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