CUT Bahia participa de seminário de planejamento da COETRAE-BA
Publicado: 04 Novembro, 2025 - 09h57 | Última modificação: 04 Novembro, 2025 - 10h07
Escrito por: Fernanda Matos | Editado por: CUT Bahia
A CUT Bahia, representada pelas diretoras Gilene Pinheiro (Secretária de Relações do Trabalho), Ana Carla Fagundes (Secretária de Combate ao Racismo) e Euzita Oliveira (Secretária de Direitos Humanos), participou do Seminário de Planejamento para 2026 da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo na Bahia (COETRAE-BA).
O encontro teve como objetivo construir uma agenda de incidência e ação da COETRAE-BA no enfrentamento aos desafios relacionados à erradicação do trabalho análogo à escravidão, com ênfase nas estratégias de prevenção e nos desafios do pós-resgate.
Durante o seminário, foram debatidas e elaboradas propostas de ações concretas voltadas à solução ou mitigação dos problemas identificados, com definição de prazos, recursos necessários e instituições responsáveis pela execução das medidas.
Para a secretária de Relações do Trabalho da CUT Bahia, Gilene Pinheiro, a presença da Central nesse espaço reforça o compromisso histórico da classe trabalhadora na defesa da dignidade e da valorização do trabalho. “O enfrentamento ao trabalho escravo contemporâneo passa pela organização sindical e pela atuação firme das instituições públicas e da sociedade civil. A CUT está comprometida em construir políticas que garantam condições dignas de trabalho e respeitem os direitos humanos de cada trabalhador e trabalhadora”, afirmou Gilene.
A secretária de Direitos Humanos da CUT Bahia, Euzita Oliveira, destacou a importância de articular o combate ao trabalho escravo com uma agenda mais ampla de direitos humanos. “Falar em erradicação do trabalho escravo é também falar em garantir acesso à educação, à moradia, à renda e ao trabalho digno. A luta é estrutural e precisa envolver políticas integradas de reparação e inclusão social”, ressaltou Euzita.
Já a secretária de Combate ao Racismo, Ana Carla Fagundes, lembrou que o enfrentamento ao trabalho escravo está diretamente ligado à luta antirracista. “A maior parte das vítimas do trabalho análogo à escravidão é negra. Por isso, é fundamental que essa pauta seja tratada com um olhar racializado, reconhecendo que o racismo estrutural é uma das bases dessa exploração”, destacou Ana Carla.