CUT-BA REPREENDE VIOLÊNCIA CONTRA CENTRO EDUCACIONAL PERPETRADA POR NEONAZISTAS
Centro Educacional Paulo Freire invadido por grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro deixa rastro de destruição e pichações nas paredes
Publicado: 17 Novembro, 2022 - 07h46
Escrito por: PRESIDÊNCIA CUT BAHIA | Editado por: CUT BAHIA
Na madrugada do dia 12 de novembro (sábado), a casa da coordenadora do centro educacional Paulo Freire, localizado no assentamento Normandia, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, em Caruaru-PE, foi arrombada e queimada ao mesmo tempo em que a escola de formação onde trabalha foi vandalizada por meio de invasão, tendo sido pichada com a suástica nazista, símbolo que remete ao assassinato de milhares de adultos, crianças e idosos em câmaras de gás durante o período nazista, na Alemanha.
Segundo moradores do assentamento, quatro pessoas vestidas em camisas amarelas estavam em frente ao assentamento em uma festa cujo som estava acima do ambientalmente permitido e se dirigiram ao local, tendo procedido à invasão, que culminou em pichações com a o símbolo nazista, várias palavras “mito”, uma referência a Jair Bolsonaro, e um incêndio que, não fosse a ágil percepção dos assentados, poderia ter se alastrado em grandes proporções, mesmo assim, ainda causou danos ao telhado e mobiliário da casa da professora.
Ataques dessa natureza não têm sido raros, o Centro de formação Paulo Freire de Caruaru já havia sido invadido por extremistas em 2019.
Bolsonaristas raivosos vêm se aliando cegamente à ideias mortíferas, as quais só trazem prejuízos à sociedade. Cegados pelo ódio proclamado pela boca de seu líder, tais grupos sentem-se encorajados e compelidos à execução de invasões, vandalismos, e até mesmo agressões físicas que já chegaram a resultar em morte, como foi o recente caso de assassinato por arma de fogo de 4 pessoas em Belo Horizonte no dia 30 de outubro.
Esta central tem o compromisso com a paz e o ambiente democrático, o que a faz tratar como inadmissível quaisquer atos motivados por ódio político, étnico, religioso, classista ou de qualquer natureza. Assim, repudiamos veementemente o comportamento fascista que ainda persiste neste país bem o ato de vandalismo contra o assentamento Normandia do MST-PE no último sábado e, nos solidarizamos com a luta dos trabalhadores sem-terra pela soberania alimentar e autonomia educacional do nosso povo, extremamente cara a esta nação.
MARIA MADALENA FIRMO
PRESIDENTA DA CUT-BA