“Bonfim é um espaço que nós ocupamos com nossas bandeiras de lutas”, diz Leninha
CUT Bahia avançou durante a tradicional Lavagem do Bonfim ressaltando os temas de relevância para a classe trabalhadora
Publicado: 17 Janeiro, 2020 - 17h39 | Última modificação: 18 Janeiro, 2020 - 13h45
Escrito por: Ascom CUT Bahia
O bloco da CUT Bahia foi um dos destaques da Lavagem do Bonfim, na última quinta-feira (16), mostrando durante todo o percurso as principais bandeiras de luta da classe trabalhadora. Fez uma demonstração de resistência e fé, para revigorar as energias neste começo de ano que se apresenta com um cenário dos mais desafiadores.
A Central aproveitou essa que é uma das maiores manifestações populares e religiosas do país para reafirmar sua disposição de luta, levando mensagens nas camisas, faixas e cartazes. Mostrou que defende uma política de geração de empregos e que é contra a venda das estatais, como a Petrobras, Correios e Eletrobras, além das empresas de saneamento.
A presidente da CUT Bahia, Leninha, destacou o papel da Central Única dos Trabalhadores (as) na Lavagem do Bonfim: “Esse é o momento de colocar nossa militância na rua e mostrar que é um espaço de visibilidade para a luta. Estamos aqui contra as privatizações das empresas estatais e contra a reforma da Previdência do funcionalismo público da Bahia. Vamos defender o que a gente já tem e avançar mais. Não queremos nenhum direito a menos”, afirmou ela.
O bloco da resistência da CUT Bahia cresceu bastante durante o percurso. Sindicalistas, trabalhadores (as), políticos e autoridades se uniram ao grupo, a exemplo dos dirigentes do Sindipetro, Apub, Sispec, Sindae, Sindiquímica, Sincotelba, Sindiprev,Sindados e Sinergia, além de Elisangela Araújo, José Sérgio Gabrielli, a vereadora do PT Marta Rodrigues, a candidata à prefeitura de Salvador Fabya Reis, o secretário de saúde da Bahia, Fábio Villas Boas, e os presidentes do PT estadual e municipal, Eden Valadares e Gilmar Santiago, respectivamente.
“Quem tem fé vai a pé e nós da CUT seguimos nesse ritmo, lembrando à sociedade que a reforma da Previdência estadual, a PEC 159, é ruim para o funcionário público e que a venda das estatais só prejudica a soberania nacional e a maioria do povo brasileiro", ressalta Leonardo Urpia, vice-presidente da CUT Bahia.
Já o secretário de Finanças, Alfredo Filho, chama atenção para a autonomia da CUT. “Aqui é uma manifestação cultural e popular, é mais uma oportunidade de apresentar à sociedade o papel da Central, demonstrando nossa autonomia frente ao governo do estado que está com a reforma da previdência que não representa em nada a classe trabalhadora. A Lavagem do Bonfim possibilita apresentar ao grande público as nossas bandeiras de luta, e a partir daí ampliamos a luta”, ressalta ele.
Por sua vez, a secretária geral da entidade, Cristina Brito, afirmou que “nós temos que unir nossas mãos para que o Senhor do Bonfim nos proteja e nos dê força para continuarmos na resistência por um Brasil e uma Bahia independente”.
Parada obrigatória
Ao longo do caminho houve uma parada estratégica na estação de trem da Calçada, onde dialogamos com os manifestantes e recarregamos as energias para seguir até a Colina Sagrada. Nessa parada, líderes sindicais, parlamentares e outras lideranças apontaram a necessidade de resistência à política de retrocesso que está em curso no país. Os representantes da CUT Bahia também denunciaram o desmonte na educação e na saúde.
Leninha revelou que a nova gestão da CUT Bahia já tem várias ações planejadas para implementar após a posse da diretoria, no dia 31. “A partir daí vamos começar o trabalho de reorganização de nossa base na capital e interior, para que a central esteja em todas as regiões ao mesmo tempo, com representação em todos os locais de trabalho e mobilização da classe trabalhadora”, afirma.