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46ª Marcha da Consciência Negra Zumbi – Dandara dos Palmares

Publicado: 18 Novembro, 2025 - 21h36

Escrito por: Sindados | Editado por: CUT Bahia

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O dia 20 NOVEMBRO se constitui em uma data consolidada pela luta negra no Brasil como “DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA” em homenagem à resistência e luta de negros e negras do QUILOMBO DOS PALMARES, episódio histórico que durou 100 anos e teve como seu último líder o herói ZUMBI DOS PALMARES cujo legado é aclamado anualmente nesta data na Bahia e demais estados.

Celebração esta, que todos os anos trazemos às ruas para em nome de ZUMBI e DANDARA, homenagear todos e todas revolucionários(as) daquele quilombo, os quais, nos deixaram um forte legado de determinação e luta contra a opressão e assassinatos colonialistas do período, cujos sucessores(as) fizeram-se presentes ao longo da história até os tempos atuais.

Manter este revolucionário fato histórico sempre na mente e nos corações do nosso povo, significa reacender a chama do espírito revolucionário do povo negro, necessária para impulsionar a luta do conjunto dos oprimidos e oprimidas, em especial a população negra, enquanto maioria do povo brasileiro, sobre a qual desaba o maior volume da  carga opressora.

A nós da luta negra neste pais, que continuamos sofrendo, cabe seguirmos resistindo e ousando.

Concebemos que as organizações verdadeiramente compromissadas com a luta de combate ao racismo, enquanto sujeitos políticos das conquistas da população negra brasileira, estão frente a novos monstruosos desafios no Brasil e no mundo, devido à ampliação das desigualdades e do racismo, muitas vezes assassino.

Os grupos vulneráveis economicamente, nos quais a população negra é demograficamente expressiva, constituem historicamente a base da elevada pobreza  da classe trabalhadora brasileira.

Vale aqui afirmar que, em continuidade às lutas do passado, ao longo das últimas décadas a luta do Movimento Negro tem garantido mudanças na vida da população negra brasileira, fruto de reivindicações históricas.

Fieis a um dos nossos lemas e com determinação pan-africanista, entendemos que independente das dificuldades, não devemos recuar jamais do compromisso com a memória daqueles e daquelas que nos antecederam na luta, seja no continente africano ou na diáspora.

Com o espirito de luta das diversas rebeliões negras ocorridas  nas américas a exemplo das REVOLTAS DOS MALÊS E DE BÚZIOS, reacendendo as chamas do imenso legado da luta quilombola dos palmarínos e palmarínas, voltamos mais uma vez às ruas para gritar bem forte sobre a realidade do povo negro, com a realização da 46ª Marcha da Consciência Negra Zumbi-Dandara dos Palmares, ao tempo em que prestamos homenagem a nossa saudosa companheira de luta LÉLIA GONZALEZ e ao  companheiro combativo FRANTZ FANON, duas das mais importantes lideranças negras no mundo as quais já tendo partido da vida material para a ancestralidade deixaram legados referenciais para nossas lutas dos dias atuais.

20 DE NOVEMBRO
CONCENTRAÇÃO ÀS 14 HORAS
CAMPO GRANDE, SALVADOR – BAHIA

Coalizão Marcha da Consciência Negra Zumbi Dandara dos Palmares  

CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras Rede  / Articulação Pan-Africanista                   

HOMENAGEM

LÉLIA GONZÁLEZ E FRANTZ FANON

Tributo as Grandes Personalidades da Luta Anticolonialista   e   Antiracista no Mundo

90 ANOS DE LÉLIA (1935-2025)

100 ANOS DE FANON  (1925-2025)                                                                                                                                            

NA ANCESTRALIDADE DESDE 1994 E 1961

 NOSSAS REFERÊNCIAS TEMÁTICAS PARA O TRIBUTO

 

 

 

LÉLIA GONZÁLEZ

 

Em 1/fevereiro de 1935, nascia Lélia González mulher negra, a qual se consagrou como uma liderança de singular importância para a luta da população negra, comprometida também com a luta do conjunto do povo oprimido. Ativista incansável seu compromisso e determinação a conduziu  à participar de diversos momentos de ação política no território nacional, bem como, em outros países enfrentando o racismo e ajudando no processo de conscientização  da população negra no que se refere ao compromisso com a justiça nos aspectos racial e social, na busca da construção de uma sociedade justa em todas as suas variáveis nos planos da gestão governamental  e das interrelações no contexto da sociedade civil.

Lélia durante sua vida dedicou-se a ajudar na construção de diversas organizações da luta pela melhoria da qualidade de vida da população negra, a exemplo do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN), Coletivo de Mulheres Negras N’Zinga e MNUCDR, nas quais sua participação se destacou na formação teórica e na prática do enfrentamento dos setores racistas da sociedade. Assim sendo, a mesma construiu um currículo revolucionário que nos orgulha  constituindo um legado para as lutas deste universo nos dias atuais. 

No Brasil, Lélia Gonzalez já havia antecipado, entre os anos 1970 e 1980, o profícuo debate sobre interseccionalidade promovido pelo feminismo negro estadunidense e pelo feminismo decolonial latino-americano. Filósofa e ativista, circulando entre os meios intelectuais e os movimentos negros de base, Gonzalez reconheceu o racismo como a estrutura colonial sobre a qual se ergueram as instituições brasileiras responsáveis por reproduzir as violências contra os povos indígenas e africanos.

O primeiro livro publicado pela ativista foi “Lugar de Negro” dentre outras incluindo artigos diversos a exemplo de  “Primavera Para as Rosas Negras” e “Por um feminismo afro-latino-americano”.

 

FRANTZ  FANON

 

Este personagem trata-se de um grande líder internacional pan-africanista nascido em 1925 na Martinica, país influenciado pela colonização francesa, entre outras ações, estudou e trabalhou em favor da descolonização de povos africanos, conhecido como um revolucionário da luta negra no mundo,  referência para diversas outras lideranças em diversos países .

Além do seu histórico de lutas contra o racismo  e o colonialismo europeu o psicanalista Fanon é autor de memoráveis obras literárias tais como: “Pele Negra, Máscaras Brancas”, “Os Condenados da Terra” e “Em Defesa da Revolução Africana”, além de outros escritos.

Falecido aos 36 nos em  1961 nos Estados Unidos , seu corpo por solicitação da Frente de Libertação Nacional (FLN), encontra-se sepultado no Continente Africano especificamente no território da Argélia, pais onde se dedicou à luta anticolonialista.

O ativismo de Fanon em vida representou uma trincheira de luta que incomodou  o racismo e o colonialismo. Seu legado tem sido uma fonte de inspiração para movimentos sociais negros e acadêmicos em todo o mundo, fornecendo ferramentas teóricas e estratégicas para a luta na busca por igualdade e justiça.

Suas contribuições são cruciais para a compreensão da sociedade contemporânea, especialmente no que diz respeito ao racismo, colonialismo e suas consequências para a identidade e saúde mental.

 

VIVA O QUILOMBO DOS PALMARES !!!

VIVA ZUMBI !!!

VIVA DANDARA !!!

SALVE O MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA !!!

SOMOS TODOS E TODAS QUILOMBO DOS PALMARES !!!

NOSSA CONCEPÇÃO DE LUTA :

A LUTA ANTIRRACISTA É COMPROMISSO DE TODAS E TODOS
VERDADEIROS(AS)  REVOLUCIONÁRIOS(AS) !!!

 

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