25 de julho é o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha

Marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe, o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha é comemorado no dia 25 de julho e foi instituído em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, realizado na República Dominicana. Na ocasião, mais de 70 mulheres negras de diversos países participaram do encontro com o objetivo de dar visibilidade e reconhecimento à presença e a luta delas no continente.

 

No Brasil, a presidente Dilma Rousseff sancionou em junho deste ano a Lei 12.987 que institui o 25 de Julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.  Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola do século 18, que comandou o Quilombo Quariterê, no Mato Grosso.

 

Segundo pesquisas realizadas nos últimos anos a mulher negra ainda apresenta o menor nível de escolaridade, menor índice de rendimentos, apesar de trabalharem mais que as mulheres não negras, e ainda são poucas as que conseguem romper as barreiras do preconceito, o que demonstra a gravidade da situação por elas enfrentada.

 

Pouco a pouco, com organização e luta, as mulheres negras na América Latina e no Caribe têm transformado essa realidade e tendo papéis cada vez mais importantes na política, na economia e ingressando nas universidades. “As mulheres, e principalmente as mulheres negras, ainda estão em desvantagem, mas aos poucos estão conseguindo eliminar os resquícios da escravidão, transformando a realidade, construindo uma nova cultura de combate à opressão de gênero e superando as desigualdades”, lembrou o presidente da CUT-BA, Cedro Silva.

 

Referenciar o dia 25 de julho, o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha é contribuir com a histórica luta dessas mulheres que continuam sendo protagonistas no desafio de garantir o cumprimento dos seus direitos em seus países.