1º de maio na Bahia com solidariedade e protestos de rua
Pela democracia, pela vida, vacina para todos, por emprego e pelo "Fora Bolsonaro", manifestações marcam passagem do Dia dos Trabalhadores no Estado.
Publicado: 02 Maio, 2021 - 18h47 | Última modificação: 02 Maio, 2021 - 18h58
Escrito por: CUT Bahia

A data que é referência mundial para a classe trabalhadora, foi marcada por atos e manifestações promovidos pela CUT e demais Centrais Sindicais na Bahia: CTB, Força Sindical, UGT e Nova Central, com as reivindicações e bandeiras de luta que simbolizam as conquistas e vitórias dos trabalhadores e das trabalhadoras. O "Fora Bolsonaro" foi o pedido que mais soou, como protesto pelo agravamento da crise sanitária instalada no país, as atrocidades na economia, na educação e nas reservas naturais que estão sendo destruídas e afetam diretamente os trabalhadores.
Em Salvador a concentração realizada, respeitando os protocolos para prevenção da COVID-19, foi pela manhã, em frente ao Shopping da Bahia. Dirigentes sindicais e representantes dos movimentos sociais e populares proferiram palavras de ordem para explicar à população sobre o atual cenário político e econômico que o país está atravessando com a falta de renda, de vacina, de equipamentos hospitalares e de medidas sanitárias responsáveis que tem contribuído negativamente para aumentar o desemprego e a miséria e produzir o alarmante número de 400 mil mortos pelo novo coronavírus.
Sacos pretos em forma de "corpos" foram utilizados para simbolizar as vítimas de Covid-19. O protesto chamou atenção dos motoristas que passavam pelo local e diminuíam a velocidade em apoio ao protesto, evidenciando que há uma insatisfação generalizada na sociedade diante de um governo federal que nega a existência da doença e provoca revolta na população que espera pela vacina para que não esteja mais na fila da morte.
Representantes sindicais de diversas categorias de trabalhadores e trabalhadoras marcaram presença com suas pautas de reivindicações específicas, mas que afetam a todos os brasileiros. Para Shirlene Souza, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Correios, afirma que "defender os Correios, empresa pública mais antiga no Brasil, é um dever de todos. O serviço dos Correios tem um papel social e não pode ser privatizado como o atual governo vem fazendo", concluiu.
A Eletrobrás é um importante braço de articulação social para levar energia elétrica ao povo Brasileiro.
"A Eletrobrás é um importante braço de articulação social para levar energia elétrica ao povo Brasileiro. Querem continuar com a privatização das empresas de energia para "abocanhar" apenas o lucro do serviço e deixar as pessoas sobre a luz de vela, como ocorreu no Amapá. Por isso devemos fortalecer a campanha nacional 'Salve a Energia' que tem o papel de sensibilizar as pessoas sobre a importância da empesa pública de energia", explica Cristina Brito, Secretaria Geral da CUT Bahia e também dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Eletricitários no Estado.
A Petrobras nasceu aqui, na Bahia, e não parou por aí. A marca que tem reconhecimento mundial sendo também um dos principais instrumentos de soberania do país.
Leonardo Urpia, vice-presidente da CUT-Bahia e também dirigente do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, faz uma dura crítica ao governo federal sobre a venda da Petrobras. Para ele (a atitude do governo) “é o mesmo que não saber a real importância do papel desenvolvido pela empresa no país. A Petrobras nasceu aqui, na Bahia, e não parou por aí. A marca que tem reconhecimento mundial sendo também um dos principais instrumentos de soberania do país, pelo fato de concentrar toda a cadeia produtiva do petróleo (do poço ao posto) participa também em importantes projetos sociais, tal como o 'Projeto Tamar', que preserva Tartaruga Marinha em nosso litoral gerando economia e renda para famílias que moram nas comunidades onde tem a base do projeto", concluiu.
O ato que começou por volta das 8h, teve sequência em outras agendas promovidas pelas centrais sindicais. No Brasil, são mais de 19 milhões de pessoas passando fome e com isso, muitos projetos de doação de alimentos foram criados para ajudar a diminuir a dor dessas famílias que estão sem nenhum tipo de renda familiar, antes ao menos, existia o auxílio emergencial de no mínimo R$ 600,00, e agora, nem isso.
A desigualdade social está em todo lugar e saber que tem pessoas necessitando de um alimento é desesperador.
Para Leninha, presidente da CUT-Bahia, lançar a Campanha de Solidariedade no mês de maio é mais que simbólico. "Temos a responsabilidade em contribuir com ações desse tipo. A desigualdade social está em todo lugar e saber que tem pessoas necessitando de um alimento é desesperador. Ainda bem que podemos contar com as entidades sindicais que realizaram doações coletivas, a partir dos trabalhadores das empresas, e a população quando toma conhecimento de ações como esta. Há muitos anos tínhamos extinguido a fome do nosso país e precisamos enfrentar de forma madura mais um desafio que nos foi colocado.", comenta. Foram arrecadadas duas toneladas de alimentos não perecíveis no ponto de coleta montado próximo à portaria principal da UFBA (Ondina) em formato de Drive-Thru.
Por volta das 12h, em transmissão nas redes sociais, representantes das centrais sindicais na Bahia dialogaram com o público que acompanhava pela internet a programação chamada "Live das Trabalhadoras e dos Trabalhadores". Entrevistados pelo Jornalista, Moacy Neves, Maria Madalena (Leninha, CUT-BA), Rosa Souza (CTB), Emerson Gomes (Força Sindical), Magno Lavigne (UGT) e José Ramos (Nova Central), comentaram sobre a importância da data para os trabalhadores, como foram os atos realizados e os desafios e perspectivas para os próximos meses. O conteúdo pode ser encontrado nas mídias sócias das respectivas centrais.
A direção da CUT-BA avalia de forma positiva a atividade realizada neste dia e considera de tamanha importância a unidade dos trabalhadores para que a sociedade possa colher melhores resultados a partir das suas escolhas eleitorais.
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