Escrito por: Ascom CUT Bahia - Aline Damazio
Em um momento de mudanças profundas no mundo do trabalho, nas profissões, e nos direitos dos(as) trabalhadores (as), os dirigentes sindicais CUTIsta se uniram, para fortalecer o movimento sindical e através de análise política e social do país, alinhada a própria atuação da central na Bahia, capitanear os rumos da luta por direitos da classe trabalhadora da Bahia e do Brasil.
Para isso, os dirigentes sindicais que representam os sindicatos filiados a CUT Bahia, na capital e no interior, se reuniram nesta quarta-feira (31), no auditório do Sindae, na plenária extraordinária – Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania Democracia.
A plenária 2019, se consolida na tradicional reunião sindical, imprescindível para promover e aprofundar os debates sobre as importantes questões que apontarão para o futuro do movimento sindical, da CUT e dos trabalhadores e trabalhadoras.
O chamado foi atendido e os representantes dos sindicatos CUTistas que representam as principais classes de trabalhadoras da Bahia estiveram presentes em um das reuniões mais importantes da história sindical na Bahia, no momento em que projeto do país e do mundo do trabalho precisa de entendimento e aprimoramento das formas de luta por direitos,pela soberania nacional e democracia e compartilharmos os resultados como parte do alicerçamento do 15ª CECUTBA e 13ª CONCUT.
Alguns dos sindicatos presentes foram: Sindipetro, Sinttel, Sindquímica, Sindprev, Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Sinergia, Sasb, Sispec, Assufba, Senge, Sindicatos dos Comerciários de Santo Antônio de Jesus, Sindicato dos Bancários do Extremo Sul, Sindicato dos Metalúrgicos de Feira de Santana, Sindicato dos Trabalhadores de Agricultura de Serrinha, Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Serviço Publico Municipal do Recôncavo Baiano (Sinspumur), Fetrameb, entre outros.
O presidente da CUT Bahia, além de agradecer a todos que participaram da organização da plenária, destacou que as análises dos convidados, somados a experiência do dia a dia dos dirigentes com a base auxiliarão na construção dos debates e sugestões para os congressos da CUT Bahia. “Essa é mais uma importante etapa que cria subsídios para os nossos CONCUT e CECUTBA. As contribuições dos nossos companheiros e companheiras, da capital e interior, são fundamentais nesse processo. Obrigada a todos ”, destaca.
Após o início das atividades e as boas –vindas do presidente da CUT Bahia, Cedro Silva e do secretário geral, da CUT Bahia, Leonicio Maciel foi dado um sonoro “bom dia presidente Lula”, e então, começou a análise da conjuntura com o ex- presidente da Petrobras , José Sergio Gabrielle e a técnica do Dieese, Ana Georgina.
As análises
Assuntos como precarização do trabalho, taxas de desemprego, as relações de trabalho, temas de importância para a classe trabalhadora foram destaque na fala de Gabrielle. "Precisamos nos debruçarmos sobre os movimentos que estão acontecendo no mundo do trabalho, e como isso afeta a organização dos trabalhadores e perspectiva da organização da sociedade. Estamos vivendo uma recessão histórica semelhante ao que ocorreu ao fim da escravidão e revolução de 30, em uma transição profunda, na qual o capitalismo quer comandar e organizar as relações de trabalho”, afirma.
Ana Georgina destacou as mudanças no mundo do trabalho, falou sobre taxas negativas de ocupação mercado e liberação de saque do FGTS “Quase 40% dos trabalhadores estão em vínculos precários de trabalho e muitos beirando a informalidade. Observamos pelos índices que a proposta da reforma da Previdência vai piorar uma situação bastante preocupante. Ela vai engrossar esse número, várias pessoas que contribuem não vão conseguir continua a contribuir com as novas regras inatingíveis. E os desempregados estarão com o FGST menor do que espera, uma verdadeira armadilha”, aponta.
O secretário geral da CUT Bahia, Leonicio Maciel, destaca que a importância da plenária para que os sindicatos filados a CUT contribuam com a realidade de cada sindicato e somem ao debate. “ Fizemos uma força tarefa na CUT Bahia para fazer contato com os sindicatos para que compareçam nesse momento singular para o movimento sindical. Todos nós, construindo juntos o movimento sindical em adaptação as mudanças do mundo do trabalho, a partir de nossas vivências e do dialogo e luta lado a lado com a base” , afirma.
Após as pertinentes análises de Sergio Gabrielle e Ana Georgina foi o momento para as perguntas da plenária.
As principais provocações para os sindicalistas presentes e os convidados foram sobre a representação dos novos profissionais informais, os desafios do mundo do trabalho, formas de promover um diálogo de empatia com a base de trabalhadores.
Esforço dos dirigentes CUTistas
O dirigente, João Climário , veio de longe, da região do extremo Sul, Porto Seguro, a 711,4 km de distancia de Salvador, fez todo esse esforço para fortalecer a plenária e consequentemente o congresso da CUT por entendimento político do momento sindical que enfrentamos com o atual governo.
“Nós temos uma atuação CUTista na região do Extremo Sul. É fundamental para trazermos para a plenária nossos desafios e expectativas nesse momento que estamos vivendo. De forma, estar aqui na Plenária da CUT Bahia, quando estamos prestes a realizarmos o congresso nacional e estadual é fundamental para participar das palestras e debates. É uma necessidade e obrigação enquanto dirigente sindical de participar desse momento de análise e construção”, João Climario, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia.
Após as respostas dos convidados, no período da tarde foi realizada a apresentação do caderno de subsídio, trabalho em grupo e apresentação dos trabalhos.
Com encerramento, todos saíram com o dever de fortalecimento do movimento sindical e da luta pelos trabalhadores, cumpridos.E a certeza que o futuro do mundo do trabalho é de desafio, mas o que depender dos sindicalistas da CUT Bahia será também de conquistas para a classe trabalhadora.