Escrito por: CUT BAHIA
Direção da CUT-BA se solidariza à luta do MST na Bahia
A Constituição Federal de 1988 (Carta Cidadã) garantiu o acesso a terra. Ela também impediu que os pequenos agricultores perdessem a sua terra por conta de financiamento. Foi mais longe. Estabeleceu a função social da grande propriedade.
Recentemente (27-02) cerca de 1.500 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam três áreas de terra (Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas) da empresa Suzano Papel e Celulose S/A, considerada maior empresa de celulose do mundo.
A ocupação tem como finalidade preliminar pressionar para que se cumpra um acordo firmado em 2011 entre a Suzano e o MST, com a participação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Mas também denunciar os danos (hídrico, social e econômico) causados ao meio ambiente no extremo sul baiano e intensificados nas últimas três décadas.
Há informação que na região a Suzano possui 900 mil hectares de terra plantados e que são plantadas 500 milhões de mudas todos os dias no território. Mais que isso. Ela possui – ao todo - três milhões de hectares de eucalipto.
De outro lado, dados divulgados pela Rede Penssan revelam que há no Brasil cerca de 33,1 milhões de pessoas passando fome. Isso ajuda entender e explica a histórica luta pela terra.
Sabe-se, ainda, por fim, que a empresa se comprometeu em ceder áreas para assentar 750 famílias, o que não aconteceu até hoje depois de 12 anos de espera.
Diante desse fato, a CUT Bahia vem a público se SOLIDARIZAR com o MST e as famílias ora assentadas, discorda da decisão judicial de reintegração de posse tomada pelo juiz Renan Souza Moreira, da Vara Criminal de Mucuri (BA), bem como se coloca à disposição para integrar a comissão de negociação.
Maria Madalena
Presidente da CUT Bahia