Numa "live" entre a direção da CUT-BA e o Secretário Estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, destacou o papel do estado no combate à pandemia na Bahia.
A manutenção das medidas de isolamento social continua sendo essencial e a população deve ter paciência diante delas, até porque a Bahia começa a enfrentar agora em junho, e talvez até julho, um novo patamar na evolução do coronavírus. O crescimento maior dos casos no mês que vem, atingindo o que seria o “platô” da doença, foi indicado pelo Secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, durante “live” realizada com a representação da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Ba), Josenilton Ferreira (Cebola), Secretário de Relações do Trabalho e Valdemir Medeiros, Secretário Executivo, e do presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ricardo Mendonça, na última quarta (27).
Caso seja mantida a previsão, e mantido os resultados das medidas de isolamento social, a Bahia pode enfrentar o pico da doença, entre junho e julho, numa situação mais confortável do que outros estados. O secretário salientou que isso se deve graças à compreensão da gravidade do momento pela população e ao diálogo até aqui bem sucedido entre o governo estadual e a maioria dos prefeitos, além da disponibilidade da infraestrutura de saúde. A taxa de contágio que já chegou a 30% no estado está hoje em torno de 6% e até 5%.
O secretário anunciou que na próxima semana o governo do estado entrega 100 novos leitos de UTI no hospital de campanha montado na Arena Fonte Nova, outros 100 leitos no Hospital Metropolitano, mais 40 no Clériston Andrade e 60 no Hospital Espanhol. Além disso, o Laboratório Central estará recebendo, também na próxima semana, um robô que permitirá ampliar de 1.500 para 2.000 a quantidade de análise de testes diários. Hoje, em testagem, a Bahia só fica atrás de São Paulo.
O secretário informou que o governo estadual já investiu cerca de R$ 500 milhões no combate ao coronavírus e que vem ampliando o um custo mensal para garantir equipes médicas, materiais, equipamentos e UTI’s à população. Disse que o governo abriu mais de duas mil vagas para profissionais de saúde e que segue em busca de pessoal, especialmente médicos e técnicos de enfermagem para unidades de terapia intensiva. Também está adquirindo equipamentos e materiais no Brasil e exterior, fez convênios com indústrias e cooperativas para o fornecimento de máscaras e está oferecendo seguro de saúde ao pessoal que atua nos serviços de saúde.
Para a Bahia atravessar a pandemia de forma controlada até aqui, Vilas-Boas afirmou que o planejamento das ações teve início em janeiro, quando houve a confirmação dos casos e da epidemia pelo governo chinês. A estratégia de trabalho teve como base a epidemia da gripe H1N1, nos anos 2.000. Quando surgiu o primeiro caso de coronavírus na Bahia, em 6 de janeiro, o planejamento para enfrentar a doença já estava bem adiantado.
A direção da CUT-Ba, não descarta a oportunidade em realizar outras “lives” com o Secretário Fábio Villas-Boas, para atualizar as informações sobre as ações de combate à pandemia.