Escrito por: Maicon Borges

O MSI da CUT Bahia apoia ato por justiça previdenciária na Torre Pituba

Na manhã desta quarta-feira (29), o MSI-CUT Bahia participou de um grande ato em frente à Torre Pituba, em Salvador, ao lado de dirigentes sindicais, aposentados e trabalhadores da ativa do sistema Petrobrás. A mobilização exigiu que a estatal assuma sua responsabilidade no equacionamento do déficit da Petros, fundo de previdência complementar dos petroleiros e petroleiras.
O protesto reuniu entidades representativas de diversas categorias ligadas à Petrobrás e contou com o apoio do coordenador do Macrossetor da Indústria da CUT Bahia, Maicon Borges, que ressaltou o impacto econômico e social das medidas adotadas pela empresa sobre a renda de milhares de famílias trabalhadoras. “O equacionamento da Petros, da forma como foi imposto, transfere para os trabalhadores e aposentados uma conta que não é deles. A Petrobrás precisa reconhecer que essa dívida é fruto de má gestão e decisões empresariais, e não pode penalizar quem dedicou uma vida inteira à empresa”, afirmou Maicon.

A coordenadora geral do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento, também reforçou a necessidade de união e solidariedade da categoria na defesa dos direitos previdenciários. “Somente com unidade e mobilização poderemos avançar na defesa dos nossos direitos. Nenhum trabalhador ou aposentado deve enfrentar essa luta sozinho. A Petrobrás precisa entender que a categoria está unida e disposta a defender o que é seu por direito”, destacou.

O ato contou ainda com a presença do deputado estadual e dirigente sindical Radiovaldo Costa, que denunciou a corresponsabilidade da gestão da Petrobrás na origem do déficit da Petros. “A responsabilidade pelo desequilíbrio da Petros é da gestão da Petrobrás. Foram as decisões empresariais, e não os trabalhadores, que criaram essa situação. É justo e necessário que a empresa arque com os custos e garanta a sustentabilidade do fundo de previdência privada”, afirmou Radiovaldo.
Os manifestantes denunciaram que o atual modelo de equacionamento tem provocado rebaixamento dos benefícios e aumento das contribuições, reduzindo o poder de compra de aposentados e pensionistas — em alguns casos, com descontos que chegam a 20% do valor do benefício mensal.


As entidades sindicais e associações de aposentados defendem uma revisão imediata do modelo de custeio, com participação efetiva da Petrobrás e dos órgãos de governança da Petros, para garantir sustentabilidade e justiça previdenciária.
“A luta em defesa da Petros é uma luta em defesa da dignidade. Não podemos aceitar que quem construiu essa empresa e o país viva hoje com a renda corroída por uma conta que não é sua”, completou Maicon Borges.
O movimento segue articulando novas ações com apoio da CUT, da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Macrossetor da Indústria da CUT Bahia, reforçando que a defesa dos direitos previdenciários faz parte de uma agenda mais ampla de valorização do trabalho e justiça social.