Realizada em Feira de Santana, de 5 a 7 de junho, 10ª Plenária Estadual da CUT-BA Bartolomeu Santos elegeu delegados à 14ª Plenária Nacional da CUT e apontou os rumos da luta da Central baiana
Chegou ao fim no s No sábado, 7, chegou ao fim a 10ª Plenária Estadual da CUT-BA Bartolomeu Santos "Bertinho" (Plencut-BA), realizada em Feira de Santana, na Pousada Central. Centenas de lideranças sindicais do campo e da cidade, de setores público e privado, parlamentares das esferas federal, estadual e municipais, representantes do governo do estado, imprensa regional, entre outros, marcaram presença na atividade. Confira abaixo, na íntegra, a Resolução política aprovada por unanimidade na 10ª Plencut-BA.
Resolução política aprovada por unanimidade na 10ª Plenária Estadual da CUT-BABartolomeu Santos, no dia 07 de junho de 2014 A Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT-BA) reconhece que a sociedade baiana experimenta um novo ciclo de desenvolvimento, inaugurado com a eleição do governador Jacques Wagner, em 2006.O crescimento econômico com inclusão social possibilitou a transformação das vidas de milhões de trabalhadores/as baianos/as, como nunca visto. Avançar neste ciclo é o desafio colocado para as eleições de 2014 na Bahia e no Brasil. Em parceria com os governos Lula e Dilma, estamos enfrentando as desigualdades sociais através da ampliação de investimentos nos diversos setores da economia, resultando na geração de mais de 550 mil empregos formais, desde 2007, no estado da Bahia. Soma-se a isso o papel cumprido pela política nacional de valorização permanente do salário mínimo e pelos programas de transferência de renda no combate à pobreza extremada no campo e na cidade. Novos hospitais, investimento em 05 universidades federais, extraordinário aumento de 1.629% matrículas na rede estadual de educação profissional, construção de adutoras e cisternas para a convivência com o semiárido evidenciam que a dimensão social é prioridade para o governo do estado, como sempre reivindicou o movimento sindical CUTista. Este novo ciclo proporcionou um ambiente mais favorável para as lutas sindicais por melhores salários e condições de trabalho. Neste sentido, as mobilizações e greves mostram a capacidade real de organização da classe trabalhadora para conquistar mais direitos e ampliar sua participação no desenvolvimento num dos estados que mais cresce economicamente no Brasil. Por isso, a CUT não admite retrocesso dos avanços conquistados nos últimos anos. Temos lado na disputa eleitoral colocada para o ano de 2014. A maior central sindical da América Latina defende a continuidade e aprofundamento do projeto democrático-popular em curso na Bahia e no Brasil, contra o atraso das candidaturas conservadoras aí colocadas. Em matéria de política, a candidatura do DEM representa o conservadorismo autoritário do “carlismo”, responsável por privatizar empresas públicas estratégicas, como o antigo Baneb, Telebahia e a Coelba, e elevar a exclusão dos mais pobres, durante os anos que governou o estado. Essa candidatura conta com o apoio nacional dos tucanos neoliberais e com os principais grupos de comunicação no estado, que tentam manipular a opinião pública. Engrossando as fileiras do conservadorismo, o PSB traiu o projeto estadual em curso e está compondo a aliança nacional cada vez mais identificada pelos setores conservadores da economia e da mídia como alternativa para derrotar o PT e as conquistas populares de seu governo. Ao se posicionar como alternativa para a polarização da disputa ao governo do estado, o PSB reforça o retrocesso político e a direita “carlista”. A CUT acredita que a candidatura de Rui Costa para o governo da Bahia significa a continuidade e aprofundamento do projeto que melhorou a qualidade de vida de milhões de baianos/as. No entanto, o movimento sindical CUTista não pode admitir a continuidade de contratos precários, como REDA e PST, os constantes atrasos no pagamento de salários e a ausência de diálogo com o governo que ajudamos a eleger. Reivindicamos a necessidade de avançar na relação entre o governo do estado e o movimento sindical em torno do diálogo, evitando assim a judicialização dos conflitos sociais, e do atendimento da pauta dos servidores públicos, do piso regional acima do salário mínimo, do combate às contratações precárias e temporárias nos órgãos estaduais, da regularização fundiária das terras de camponeses e agricultores familiares, mais aporte governamental para projetos de fortalecimento da agricultura familiar, sobretudo, no semiárido baiano, do enfrentamento ao extermínio da juventude negra e da periferia, e mais ações qualificadas para a real promoção do trabalho decente no campo e na cidade. A CUT vai continuar na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, pelo fim do fator previdenciário, por igualdade de oportunidades para mulheres, jovens e negros/as no mercado de trabalho, pelo direito à negociação coletiva no setor público, pela implantação dos 10% do PIB na educação, fortalecimento do SUS com mais investimentos públicos, pelo combate à precarização das relações de trabalho e mais investimentos para a reforma agrária e agricultura familiar. Nesta conjuntura de lutas sociais, é de fundamental importância que toda a classe trabalhadora se empenhe na participação do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político e da Campanha pela Democratização dos Meios de Comunicação, para que a política e a mídia de fato representem a diversidade da sociedade e possam expressar a vontade de participação popular. A reforma política é a principal para que as demais reformas aconteçam. A CUT-BA reitera seu compromisso com o projeto democrático-popular, representado por Rui Costa, no estado, e por Dilma, em nível nacional, e convoca toda sua militância a tomar às ruas nesse desafio de conquistar as mudanças que queremos para a Bahia e para o Brasil, na perspectiva da construção de uma sociedade democrática, justa e igualitária.