Escrito por: CUT BAHIA

Chuva atinge 37 municípios da Bahia e deixa mais de 3,6 mil pessoas desalojadas

O número total de atingidos pelos temporais chega a 52.224 pessoas; mais de 3,6 mil também estão desalojados e 342 desabrigadas, segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil do estado

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Trecho na BR 101 - Itapebi e Itagimirim

As fortes chuvas que atingem a Bahia desde o início desta semana atingiram um total de 52.224 pessoas em 37 municípios do estado. Mais de 3,6 mil pessoas estão desalojadas e tiveram de sair do imóvel temporariamente. Esse grupo pediu abrigo na casa de parentes, amigos ou vizinhos até que a situação seja normalizada. Outras 342 pessoas estão desabrigadas, ou seja, perderam a casa e não têm onde ficar. Os dados são da Superintendência de Proteção e Defesa Civil do estado.

Nesta sexta-feira (2), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se solidarizou com as vítimas das fortes chuvas que atingem também cidades do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Em postagem no Twitter, Lula disse: "Minha solidariedade e meus sentimentos para as famílias que estão sofrendo com as fortes chuvas", escreveu. Ele ainda prometeu "retomar verbas para prevenção de desastres naturais e defesa civil". 

Minha solidariedade e meus sentimentos para as famílias que estão sofrendo com as fortes chuvas no Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia.

— Lula (@LulaOficial) December 2, 2022

Os 37 municípios baianos afetados pelas chuvas são Baixa Grande, Itabuna, Santa Cruz Cabrália, Cícero Dantas, Ibicuí, Itambé, Nova Viçosa, Prado, Vereda, Itamaraju, Wenceslau Guimarães, Marcionílio Souza, Aiquara, Caravelas, Floresta Azul, Medeiros Neto, Ibotirama, Ibicaraí, Itanhanhém, Belo Campo, Catu, Maragojipe, Teixeira de Freitas, Cachoeira, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, São Félix, Dário Meira, Cipó, Sátiro Dias, Aurelino Leal, Itarantim, Guaratinga, Pau Brasil, Itapetinga, Itororó e Inhambupe. 

Desses, onze municípíos decretaram situação de emergência: Prado, Baixa Grande, Itabuna, Santa Cruz Cabrália, Cícero Dantas, Ibicuí, Itambé, Nova Viçosa, Vereda e Cachoeira. Não há registro de desaparecidos e nem de óbitos.

O superintendente de Proteção e Defesa Civil, coronel Miguel Filho, afirma que foi preparada uma estrutura de pessoal, material e ajuda humanitária para a situação.

Rodovias do estado também foram afetadas pela chuva. Segundo a Secretaria de Infraestrutura da Bahia, 10 trechos de estradas baianas foram atingidos durante o período chuvoso. Equipes técnicas do órgão realizam ações emergenciais a fim de permitir a trafegabilidade de veículos.

Ano atípico e trágico

Os moradores das cidades localizadas no extremo Sul da Bahia dizem que jamais vão esquecer do ano atípico de 2022 que teve chuvas ininterruptas em pleno mês de dezembro, com raios e trovoadas que deixaram novamente ruas e avenidas alagadas, principais rodovias interditadas e muitas famílias desalojadas ou desbrigas.

Em Eunápolis, o sistema de esgotamento sanitário e outros equipamentos públicos de infraestrutura foram danificados por causa do volume de água no solo. A Defesa Civil Municipal tem dado o suporte necessário 24 horas por dia. Há um ano, as chuvas duraram 45 dias e milhares de famílias perderam utensílios e muitas vieram a óbito.

No trecho entre as cidades de Itapebi e Itagimirim, a rodovia federal BR-101 foi interditada por duas vezes essa semana deixando a região do Extremo Sul isolada. A correnteza destruiu parte da rodovia e por conta disso um enorme congestionamento nos dois sentidos da via.

Os motoristas que circulam pela região devem tomar cuidado, pois ainda há previsão de muita chuva e com ela podem surgir deslizamentos de terra e queda de árvores.

No recôncavo baiano, mais de 50 famílias tiveram que deixar suas casas na cidade de Santo Amaro da Purificação, a 75 km de Salvador. Cachoeira e São Felix também tiveram registro de enchentes.

“É um segundo momento de intensa chuva na região e já estamos atentos quanto a isso. Nós da direção da CUT-BA não poupamos esforços quando o assunto é solidariedade e se tivermos que repetir a ação de mobilização para arrecadar roupas e mantimentos às vitimas das enchentes, realizada há poucos meses, estaremos a postos para fazer, esse também é o nosso papel junto à sociedade”, disse Leninha, presidenta da CUT-BA, lembrando de outras ações da Central para socorrer a população mais vulnerárel. 

Pedro AugustoCom aumento do volume do rio Cachoeira ,  Ponte do Marabá foi interditada - ITABUNA