Imóvel que abriga o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador é colocado à venda por mais de R$ 30 milhões e representa um retrocesso na gestão de políticas públicas no estado
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COMISSÃO EM DEFESA DO DIVAST/CESAT
Um imóvel de 5 mil metros quadrados localizado no bairro do Canela, em Salvador, que abriga o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CESAT), Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas (CETAD), Defensoria Pública do Estado da Bahia e sede do Conselho Estadual de Cultura da Bahia, está colocado a venda por R$ 30.440.000,00, inicial, e se concluída a venda vai representar um retrocesso na atenção à saúde do trabalhador e outros serviços oferecidos naquele local. A especulação imobiliária tem agido na região para dar lugar a luxuosas edificações e colocar fim nos espaços públicos e de interesses da classe trabalhadora. A extinção do espaço , culmina na logica de privatização do serviço público.
Sobre o CESAT O CESAT foi criado em 1988 com a finalidade em atender as demandas na prevenção de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Ao longo de décadas a unidade realizou inúmeras ações e projetos contando com equipe multidisciplinar. O local ainda dispõe de biblioteca, auditório, centro de estudos, núcleo de informação e comunicação. No mesmo prédio, funcionou o Instituto Bacteriológico (1909-1911), o Instituto Osvaldo Cruz da Bahia (1916), o Instituto de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (1949) e Fundação Gonçalo Muniz (Fiocruz). Trata-se de um prédio histórico e com características de pertencimento à sociedade baiana.Sem diálogo e transparência sobre o destino das unidades instaladas na área que estão em fase de leilão, a prioridade é pela preservação do trabalho de proteção acumulado por 33 anos. Com essa preocupação, a Comissão em Defesa da DIVAST/CESAT, realizará um seminário nesta quarta-feira (6 de julho) às 13h30 na sede do órgão, para tratar sobre “Qual Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador que queremos?”. “A luta é por mais e melhores serviços públicos e não retrocessos. Temos que deter a política privatista”, afirma Celi Taffarel, diretora da CUT Bahia. Outro passo importante é construirmos relação com a sociedade através das políticas públicas já existentes. É prioritário discutir esse tema com a determinação política de vermos atendidas as reivindicações da classe trabalhadora por um governo democrático e popular.
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