Escrito por: Fernanda Matos
O índice anual caiu de 7,8% para 6,6%. O número de pessoas ocupadas nunca foi tão alto no país, com recordes no emprego formal e por conta própria, além do maior rendimento médio já registrado.
O Brasil alcançou, em 2024, a menor taxa média de desemprego desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (31), a taxa ficou em 6,6%, uma marca histórica que reflete a retomada do emprego e da economia após anos desafiadores.
No último trimestre do ano, o desemprego caiu ainda mais, chegando a 6,2%. Em números absolutos, o Brasil teve uma média de 7,4 milhões de pessoas desocupadas em 2024, uma redução de 13,2% em relação a 2023.
Mais brasileiros trabalhando
O país também bateu o recorde de pessoas ocupadas: mais de 103,3 milhões de trabalhadores tiveram algum tipo de ocupação em 2024, um crescimento de 2,6% em comparação ao ano anterior. Isso significa que 58,6% da população com 14 anos ou mais estava trabalhando, o maior nível de ocupação já registrado.
Os dados mostram avanços importantes:
Empregados com carteira assinada: 38,7 milhões (alta de 2,7%)
Empregados sem carteira assinada: 14,2 milhões (alta de 6%)
Trabalhadores por conta própria: 26 milhões (alta de 1,9%)
Trabalhadores domésticos: 6 milhões (queda de 1,5%)
Apesar da melhora, o desafio da informalidade continua: 40,3 milhões de brasileiros ainda estão nessa condição, o que representa 39% do total de ocupados.
Menos subutilização da força de trabalho
Outro dado positivo é a queda na taxa de subutilização, que mede o desperdício do potencial de trabalho do país. Em 2024, foram 19 milhões de pessoas nessa situação, uma redução de 8,9% em relação ao ano anterior.
Rendimento em alta
O rendimento médio dos trabalhadores também cresceu. Em 2024, o brasileiro recebeu, em média, R$ 3.225 por mês, um aumento de 3,7% em comparação a 2023. A massa de rendimentos atingiu R$ 328,6 bilhões, o maior valor já registrado.
O papel da organização e da luta dos trabalhadores
Esses avanços são resultados de um conjunto de fatores, incluindo o fortalecimento da organização dos trabalhadores e a luta por políticas públicas que incentivem o emprego e a renda. A CUT Bahia destaca a importância da mobilização social e da defesa dos direitos trabalhistas para manter e ampliar essas conquistas.
A luta continua para que o trabalho digno, com direitos e justiça social, seja uma realidade para todos os brasileiros e brasileiras.