Escrito por: CUT BAHIA
A declaração da presidente da Central Única dos Trabalhadores da Bahia faz referência ao “pódio”, de primeiro lugar de desemprego do país.
Segundo dados do IBGE, a Bahia lidera o ranking nacional de desemprego; maior índice registrado nos três primeiros meses de 2022. A pesquisa revelou que a média nacional de desemprego neste período foi de 11,1%, sendo que a Bahia registrou 17,6%. “A Bahia sente os efeitos de um país desordenado. E essa taxa de desocupação é reflexo disso. Transformaram um país soberano em um país em crise permanente e sem rumo. Outro dado preocupante revelado na pesquisa é sobre a precarização das relações de trabalho no Estado, 54,7% encontra-se na informalidade. Isso representa mais da metade da população e nos apresenta um cenário desolador para os trabalhadores baianos". afirmou Leninha, presidente estadual da CUT.
Ainda de acordo com o estudo, mesmo após a flexibilização das medidas restritivas, aliadas a ações para retomada da economia, o cenário só piorou. Aumentou a subutilização da força de trabalho, a desvalorização do salário mínimo nos últimos 12 anos, alto índice de desqualificação profissional e aumento no número de desempregados. A cada 100 pessoas no primeiro trimestre de 2022, 18 estavam sem emprego.
“O fato da taxa de desocupação da Bahia estar como a mais elevada do país, decorre de uma série de características mais estruturais da composição heterogênea de seu mercado de trabalho, que é marcada por ocupações informais e precárias que proporcionam um baixo rendimento para maior parte dos baianos. Essa situação foi muito agravada pela reforma trabalhista de flexibilização da legislação realizada no governo Temer em 2017 e, portanto, antecede a pandemia da Covid-19. Sendo que o contexto atual de alta inflacionária e dos juros, agravam o baixo desempenho econômico e possibilidade de recuperação do mercado de trabalho”, avaliou Flávia Santana Rodrigues, Técnica do Dieese.
Diante desse contexto , a presidente da Central baiana, reforça a importância de acelerar as ações de mobilização do pensamento democrático da nação para defender o País. “Estamos no risco de reviver o fracasso. Precisamos garantir outra vez a manutenção dos direitos trabalhistas, a justiça social, o desenvolvimento e crescimento econômico, aliado a pesquisa, educação e a tecnologia, defesa do petróleo e a indispensável distribuição da renda e da riqueza, para repaginarmos a Bahia e o Brasil”, concluiu .