Escrito por: SECOM BAHIA
Muita bateção de panela e gritos de protestos marcaram o Dia Nacional de Mobilização
Muita bateção de panela e gritos de protestos marcaram o Dia Nacional de Mobilização promovido pelas centrais sindicais em defesa dos serviços públicos, da saúde pública (SUS), da educação, pela soberania e democracia, dentre outras bandeiras de luta. Também um “buzinaço” e luzes piscando do alto dos prédios reforçaram a manifestação realizada em Salvador, na noite de ontem (18), e que se estendeu por várias cidades do interior baiano.
Ficou evidente o aumento da revolta contra um governo manifestamente nocivo à sociedade e que vem destruindo a economia nacional, levando a um desemprego galopante.
A população já não aguenta viver com tantas dificuldades no seu dia a dia. Só em Salvador, a informalidade dos motoristas por aplicativos já atinge a marca dos 40 mil condutores, número que reflete um cenário a baixa do emprego formal e a precarização do trabalho. A situação se agrava ainda mais com a pandemia (COVID-19) que chegou ao Brasil, acentuando os problemas de uma economia já bastante debilitada.
Na tentativa de reduzir o estrago de suas ações na quebradeira econômica, o governo federal anuncia que vai dar uma ajuda de custo no valor de R$ 200,00 para aqueles que estão na informalidade. Um valor irrisório, distante do salário mínimo, e que mostra o grau de desprezo para com o grande número de vítimas da crise econômica que só faz aumentar. Até aqui, a prioridade do governo é corte de gastos e benefícios visando arrecadar dinheiro para pagar o juro da dívida com os banqueiros.
A Emenda Constitucional 95/2016, que reduziu os gastos sociais, precisa ser imediatamente afastada para permitir a volta dos investimentos nas áreas sociais, como forma de ajudar a sociedade a lutar com a grave crise que vem corroendo as esperanças dos brasileiros. É preciso dinheiro inclusive para pesquisas na área de saúde, hoje totalmente vulnerável para atender as necessidades diante do coronavírus.
Além das centrais sindicais, o “panelaço” pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular e substituiu atos de rua, hoje evitados como medida preventiva para conter o avanço do novo coronavírus.
Ao longo do dia, usuários das redes sociais utilizaram as tags “#panelaço18m” e “#18m” para demonstrar suas insatisfações e mobilizar a população para o ato marcado para às 20h30 de ontem.
A construção de um ato ainda maior passa pela organização permanente da classe trabalhadora, incluindo os desempregados, na perspectiva de promovermos ações que pressionem os governantes de que as pautas prioritárias devem estar relacionadas à proteção dos direitos da própria classe trabalhadora. Como citado na campanha da CUT/SE: “Pandemia se combate com direitos”.