Escrito por: ASCOM-APUB

APUB destaca Lei Orgânica das Instituições Federais de Ensino Superior

Café da Manhã na Apub reúne apoiadores em prol de Lei Orgânica das Instituições Federais de Ensino Superior

ASCOM APUB
Foto de lideranças presentes no evento

A Lei Orgânica das Instituições Federais de Ensino Superior foi tema de uma reunião, na manhã de 22 de julho, na sede da Apub Sindicato. Além da diretoria da Apub e de docentes ativos e aposentados, estiveram presentes ao encontro representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do PROIFES – Federação, da ADUFRGS, do Coletivo Resistência Preta, do Conselho Fiscal e de Representantes da Apub, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), da ASSUFBA, da representação dos técnico-administrativos no Consuni – UFBA, da diretoria do campus Malês (Unilab), diretores de unidades da UFBA, além da vereadora Marta Rodrigues, da deputada federal Lídice de Mata e os representantes dos mandatos de Maria del Carmen e Olívia Santana.

“A ideia da Lei Orgânica não é nova, já tem um acúmulo da Andifes, e precisamos nos debruçar – o PROIFES, o Observatório do Conhecimento têm feito esses acúmulos também sobre qual tipo de legislação precisamos para garantir um orçamento mais continuado das universidades. É preciso acumular força para disputar a questão orçamentária – A questão orçamentária não é uma coisa dada, ela depende de luta política”, avalia Clarisse Paradis, presidente em exercício do Apub Sindicato.

“A gente tem várias disputas, o orçamento das universidades é uma disputa que o PROIFES luta junto com a Andifes”, apontou Wellington Duarte, presidente do PROIFES – Federação, também presente ao café da manhã da Apub. Ele destacou ainda outras disputas parlamentares que a Federação faz, como a parceria com o Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Mosap), que resultou na conquista das 182 assinaturas necessárias para que a PEC Social pudesse tramitar. Sobre a dificuldade no trato com os parlamentares, Duarte destaca a capacidade de diálogo que organizações como o PROIFES precisam ter : “Nós temos um congresso reacionário, atrasado, mas são eles que votam. Infelizmente ou felizmente a gente tem que concordar com todos os parlamentares”, avalia.

O fim da lista tríplice e a escolha direta dos dirigentes das IFES é aspecto crucial da autonomia universitária e uma luta antiga do movimento docente. É também objeto do Projeto de Lei 2699/2011, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça em novembro passado, depois de já ter passado pela Comissão de Educação. Pelo texto do projeto de lei, no lugar da lista tríplice, passarão a ser encaminhados ao Ministério da Educação apenas os nomes do reitor(a) e do vice-reitor(a) eleitos pela comunidade acadêmica.

O PL deveria tramitar para o Senado para votação, mas no momento aguarda deliberação de recurso, colocado pelo Deputado Cabo Gilberto Silva (PL/PB), que se apoia em decisão de 2021 do STF segundo a qual é prerrogativa do presidente da república escolher e nomear qualquer nome das listas tríplices encaminhadas pelas IFES. Embora concorde que a autonomia universitária é positiva, o recurso do deputado do PL justifica que “autonomia não é sinônimo de soberania”.

A autonomia na escolha de dirigentes é apenas um dos aspectos que deve ser englobado e uma Lei Orgânica das IFES. A Associação Nacional de Dirigente